tag:blogger.com,1999:blog-13276454119874882692024-02-06T23:03:24.139-03:00BAÚ MENTALUm baú-blog cheio a ser preenchido com artes em geral e específicas. Arquitetura, música, cinema ,literatura, fotografia, artes plásticas têm prioridade, mas também a política, a economia, o cotidiano e assuntos diversos podem aparecer. A intenção é comentar e expor idéias sobre estes assuntos e outros e receber comentários e colaborações.
Editor: Sérgio Ulisses S. JatobáSérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-7118362113736502342008-08-21T09:22:00.002-03:002008-08-21T09:25:27.696-03:00DE DORI PARA DORIVAL"E assim adormece esse homem<br />Que nunca precisa dormir pra sonhar<br />Porque não há sonho mais lindo do que sua terra" (não há).Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-36425367047618033902008-06-08T19:37:00.022-03:002008-06-08T20:05:15.959-03:00CAMPECHE, O POUSO DO ZÉ PERRI EM FLORIANÓPOLIS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpbeJzwLEwuDAWNsErHChyphenhyphen6KoUfQOtM96rmqJLgFwxDDDeCu1XsezBchSEMgOpT_9uDBQcGnIAgtk2cptGZZLvRY_rPQGjAhxNP_ki18kYel176h5kdk4rjalw8McY1Tyneuj58c9wYOzR/s1600-h/Praia+do+Campeche+Floripa+1+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpbeJzwLEwuDAWNsErHChyphenhyphen6KoUfQOtM96rmqJLgFwxDDDeCu1XsezBchSEMgOpT_9uDBQcGnIAgtk2cptGZZLvRY_rPQGjAhxNP_ki18kYel176h5kdk4rjalw8McY1Tyneuj58c9wYOzR/s320/Praia+do+Campeche+Floripa+1+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649842443492434" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MypRPJJROKWIHNPDnzThwv3rJAz1_MwfviL_fgDU_RBwHexeesfvjylfrXI5DHyPuXovigyAEatO8PoV5IBRN9MkVw3gAQUtuRwFctppSUNJxruCP4emyjZvuxo60z_MJOBx3_GtNNHU/s1600-h/Praia+do+Campeche+mar+e+ceu+II+Floripa+3+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MypRPJJROKWIHNPDnzThwv3rJAz1_MwfviL_fgDU_RBwHexeesfvjylfrXI5DHyPuXovigyAEatO8PoV5IBRN9MkVw3gAQUtuRwFctppSUNJxruCP4emyjZvuxo60z_MJOBx3_GtNNHU/s320/Praia+do+Campeche+mar+e+ceu+II+Floripa+3+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649680001093186" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNy26T2UbAI6q7rs38clKF1fUvnq7HhqgoDps_a2pyIW6Hbyt7tHSc0z2KhQWzTQezhIhGFiXRzm-itc6iWOOfGu4AW5ZlBKNS4l-FLLLGB602Rd08HRquA9vL2iMk1QlJgxjtvi5y8p5M/s1600-h/Praia+do+Campeche+mar++ceu+e+ilha+VI++Floripa+1+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNy26T2UbAI6q7rs38clKF1fUvnq7HhqgoDps_a2pyIW6Hbyt7tHSc0z2KhQWzTQezhIhGFiXRzm-itc6iWOOfGu4AW5ZlBKNS4l-FLLLGB602Rd08HRquA9vL2iMk1QlJgxjtvi5y8p5M/s320/Praia+do+Campeche+mar++ceu+e+ilha+VI++Floripa+1+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649571877661826" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmz2f51WOpEc_tjeYSymuv7pChUKM88BC1W46hBLnukujoy3SHNQRWF9mIpxYvKPp1ZFUoKcxhAm5WYQfmrGTHRK0-OmGdCIC02c8tds_WEZgGaTt-UtJQBEd-IiHBJHnrak62ykv6kyuG/s1600-h/Praia+do+Campeche+mar++ceu+e+ilha+VII++Floripa+1+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmz2f51WOpEc_tjeYSymuv7pChUKM88BC1W46hBLnukujoy3SHNQRWF9mIpxYvKPp1ZFUoKcxhAm5WYQfmrGTHRK0-OmGdCIC02c8tds_WEZgGaTt-UtJQBEd-IiHBJHnrak62ykv6kyuG/s320/Praia+do+Campeche+mar++ceu+e+ilha+VII++Floripa+1+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649464773190018" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHuCCb82n3iFdtmsj59YAYjPy71XUkOHKG6pTN4TndxELLkt9DTgJgHi9fJ52BcYooWysVn0eAharvAhXLGHhwZaOw2gI-xagT_rj2yzuiPYHDATjVwT7Bezxo-VsFwdB1azdGT01uzvM7/s1600-h/Praia+do+Campeche+barrac%C3%A3o+II+Floripa+2+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHuCCb82n3iFdtmsj59YAYjPy71XUkOHKG6pTN4TndxELLkt9DTgJgHi9fJ52BcYooWysVn0eAharvAhXLGHhwZaOw2gI-xagT_rj2yzuiPYHDATjVwT7Bezxo-VsFwdB1azdGT01uzvM7/s320/Praia+do+Campeche+barrac%C3%A3o+II+Floripa+2+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649269859540626" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk1L0-ks3a_fdNO6UpSkp9Ba6r2cRCNz9jtXZQpRbQIER8StkfByJZFBs8tQvlsALzk5oDRDIy_mb62qJGHAD7Yx_gytG020ONssg29CtcmACNFgkCZP1Bi33Fcter1p7CVRDHkYnOv7yE/s1600-h/Praia+do+Campeche+barrac%C3%A3o+II+Floripa+4+web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk1L0-ks3a_fdNO6UpSkp9Ba6r2cRCNz9jtXZQpRbQIER8StkfByJZFBs8tQvlsALzk5oDRDIy_mb62qJGHAD7Yx_gytG020ONssg29CtcmACNFgkCZP1Bi33Fcter1p7CVRDHkYnOv7yE/s320/Praia+do+Campeche+barrac%C3%A3o+II+Floripa+4+web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5209649095824392658" /></a><br /><br />A Praia do Campeche, localizada no sul da Ilha em Florianópolis, tem uma peculiariedade curiosa na sua história. Na década de 1920 foi construído alí um campo de pouso do correio aéreo francês que servia de base de reabastecimento dos aviões que faziam o vôo entre Paris e Buenos Aires. Consta que o escritor Saint-Exupéry, comandante desta rota, de tanto pousar alí, tornou-se bem conhecido dos pescadores, antigos habitantes do local e era conhecido como o “<a href="http://www.suldailha.com.br/content/view/77/39/">Zé Perri</a>”. Não existe prova documental deste fato, mas a jornalista Márcia Barreto investigou a história e entrevistou Charles Edgar Moritz (antigo curador do Hospital de Caridade de Florianópolis). “Ele contou ter encontrado Exupéry em bailes do Lira Tênis Clube ”, diz Márcia. Moritz não pôde provar o que disse sobre Exupéry, segundo Márcia, “mas pudemos comprovar com documentos quase todas as outras informações que nos passou”. <br /><br />O Campeche, cuja origem do nome tem duas versões - tanto pode ser “champ de pêche” (campo de pesca), como aviadores chamavam o lugar ou o vegetal utilizado para tinturaria que deu nome à ilha em frente à praia, que já era denominada assim desde o século XIX – também é conhecido pela pesca artesanal da tainha, que acontece da segunda quinzena de maio até o final de junho “depois do vendaval”. Os ventos fortes que sopram em diagonal entre a ilha e o continente, aliás, permitem a formação de ondas longas, muito apreciadas pelos surfistas, que as apelidaram de “as direitas” do Campeche. <br /><br />Esta bela praia, cheia de história e estórias, inspirou o pequeno ensaio fotográfico acima.Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-80634631550663763732008-05-21T14:25:00.003-03:002008-05-21T14:45:50.581-03:00FRANK GEHRY E NIEMEYER<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0d-OagjCvrYLWabNkeUpuGDRcdcHT0TpjiLHwDXuW-0n2cIAjEUzwIqON4nqKf60rdlXxPiE6k8AbzGwPaUZIsercLWeNCNBdInnq5cA4PugI5C3HeiyY6LVKcpkiNOkQIUA31sB4BS-Y/s1600-h/Museu+da+Republica+Foto+Julio+Reis+Jatob%C3%A1+448+x+298.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0d-OagjCvrYLWabNkeUpuGDRcdcHT0TpjiLHwDXuW-0n2cIAjEUzwIqON4nqKf60rdlXxPiE6k8AbzGwPaUZIsercLWeNCNBdInnq5cA4PugI5C3HeiyY6LVKcpkiNOkQIUA31sB4BS-Y/s400/Museu+da+Republica+Foto+Julio+Reis+Jatob%C3%A1+448+x+298.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5202888645288520194" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF9ZcaNFN6NleyC3QMJagUQTVbaKTy1uzWgXjHap3nyUhR-E29cZow1jNxVsCefWX1L26zQU-TBUX9eP1uKs4QnrRcgOMFYUaCFbfp0SsO2TlDXnnCbOgvYo-K_PkefydURmaq7MpBVoPm/s1600-h/Museo+G+Bilbao+Sergio+Jatob%C3%A1+tamanho+original+640+x+480.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF9ZcaNFN6NleyC3QMJagUQTVbaKTy1uzWgXjHap3nyUhR-E29cZow1jNxVsCefWX1L26zQU-TBUX9eP1uKs4QnrRcgOMFYUaCFbfp0SsO2TlDXnnCbOgvYo-K_PkefydURmaq7MpBVoPm/s400/Museo+G+Bilbao+Sergio+Jatob%C3%A1+tamanho+original+640+x+480.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5202888396180417010" /></a><br />Quando vi o <a href="http://www.guggenheim-bilbao.es/secciones/el_museo/el_edificio.php?idioma=es">Museu Guggenheim em Bilbao </a>pela primeira vez, pessoalmente, achei-o menos surpreendente do que nas fotos, nas quais parecia uma alucinante e futurista escultura de titânio. Era difícil, mesmo para um arquiteto, acreditar que poderia haver uma “ordem arquitetônica” alí e que a revolução formal pretendida resultasse em beleza para olhos acostumados à tradição da arquitetura limpa de inspiração modernista. Quando cheguei perto da obra, apesar de só poder apreciá-la de fora (não pude entrar, pois o museu estava fechado no dia em que o visitei) consegui compreendê-la melhor, mas mesmo assim ela não me cativou de cara como outras grandes obras arquitetônicas, cuja beleza apreciada de perto, muitas vezes, me emocionara. O prédio - ou aquela escultura na qual se podia penetrar e exercer atividades - me pareceu uma construção extremamente tecnológica e portanto fria. Aquelas formas mirabolantes só poderiam ser projetadas e construídas com a ajuda de poderosos programas de computação gráfica e alto desenvolvimento tecnológico de materiais, portanto com um suporte técnico e um custo muito elevados. Apesar do espetáculo urbano que o projeto provocou, atraindo investimentos urbanos e turísticos para Bilbao e potencializando o efeito midiático da “arquitetura de resultados”, a euforia gehryana não me contagiou. Não havia nela a simplicidade, a leveza e a espontaneidade do traço arquitetônico de um <a href="http://www.niemeyer.org.br/0scarNiemeyer/home.html">Niemeyer</a>, por exemplo.<br /><br />Esta impressão modificou-se bastante quando assisti ao documentário “ <a href="http://www.sonyclassics.com/sketchesoffrankgehry/">Sketches of Frank Gehry</a>” de Sidney Pollack. Ao invés de seguir vendo Gehry como um contraponto a Niemeyer, passei a vê-lo como um continuador deste, (embora Gehry provavelmente não se veja assim), no rompimento da rigidez formal da arquitetura (clássica e moderna também) e na incorporação da forma livre como expressão arquitetônica acima de tudo. Ou acima da função, de acordo com a conhecida polêmica entre arquitetos formalistas e funcionalistas. Assim como Niemeyer, Gehry, antes de ser um arquiteto é um genial escultor e trata desta forma a obra arquitetônica. Há discordâncias quanto a “boa arquitetura” ser, antes de tudo, formal, mas há de se reconhecer a grande plasticidade dos projetos de Gehry e Niemeyer. É claro que nem sempre esta plasticidade significa beleza para a maior parte das pessoas. Ou seja, Gehry e Niemayer também projetam obras que são consideradas feias e sem a genialidade de suas obras primas.<br /><br />Interessante é vermos ambos - Gehry e Niemeyer – como homens simples e poetas do traço livre, que preferem conceber suas obras a partir de croquis desenhados a mão. Nenhum dos dois desenha em computador, embora tenham equipes de profissionais altamente treinados em sofisticadas tecnologias a os assessorar. Os dois pensam a arquitetura, desde a concepção do projeto, como volume plástico e objeto escultório que deve proporcionar surpresa e emoção às pessoas em primeiro lugar. O que os diferencia: Em Gehry é o arrojo das formas curvilíneas e o uso sofisticado de materiais “high tech” que cria a surpresa arquitetônica, em Niemeyer é a singeleza e sofisticação do traço curvo e o desenho limpo que levam à beleza. Gehry esculpe no metal – material caro e sofisticado da arquitetura de impacto midiática do Sec XXI , Niemeyer no concreto– material barato e terceiromundista, a pedra transformada em arte edificada pela <a href="http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/artecult/arqurb/arquitet/mmodern/index.htm">arquitetura brasileira modernista </a>da década de 1950/60.<br /><br />Gehry, como ele mesmo afirma, consequiu dar vazão ao seu poder criativo e conseguiu ousar na profissão com o auxílio da terapia . Niemeyer sempre afirmou que dá menos importância à arquitetura – a qual exerce diariamente até hoje com seus 100 anos - do que a vida. Conclui-se que é o aspecto humano que diferencia estes mestres dos demais profissionais. Há razão, contudo, em muitas críticas a eles feitas e muitas vezes se percebe contradição na humanidade que desejam para a sua arquitetura e no que ela, de fato, representa, enquanto símbolo de monumentalidade e de poder. Porém contradição, desigualdade, paradoxo, beleza e caos são traços próprios da arte (arquitetura incluída) e não se pode cobrar coerência dela, sob pena de esterelizá-la.<br />PS - a foto das obras de Niemeyer (Museu da República e Catedral de Brasília) são de autoria de Júlio Reis JatobáSérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-9947895411255126552008-03-20T10:22:00.001-03:002008-03-20T11:08:17.494-03:00A Tenebrosa Era da Inocência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-TTTZUGZ4-vzPQw9eNM5c7H22V39bs1leZTWSAyQc0FIZ3myVgwRwRNU-riijVe0XhOPjZb4AcorC7dMgnRYrHdJst6hKJUQiyFS4XFY-9iF1Rmoi_XznnVmYACMt7RLYKuuLO-JLLVs-/s1600-h/A+Era+da+Inic%C3%AAncia.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-TTTZUGZ4-vzPQw9eNM5c7H22V39bs1leZTWSAyQc0FIZ3myVgwRwRNU-riijVe0XhOPjZb4AcorC7dMgnRYrHdJst6hKJUQiyFS4XFY-9iF1Rmoi_XznnVmYACMt7RLYKuuLO-JLLVs-/s200/A+Era+da+Inic%C3%AAncia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5179825317210880210" /></a><br />O personagem principal de a <a href="http://vejasaopaulo.abril.com.br/red/trailers/a_era_da_inocencia.html">Era da Inocência </a>(o título original - “A Idade das Trevas” traduz melhor a mensagem do diretor, mas espantaria o público que pensa tratar-se o filme apenas de uma comédia ) chama-se (Jean-Marc) Leblanc – “o branco” e está constantemente fugindo do seu mundo tenebroso por meio de suas fantasias estaparfúdias pontuadas por desejos sexuais e de grandeza reprimidos. Mas “ Le Blanc” tanto pode ser o sujeito “claro” que rejeita um mundo cego pela estupidez e pela hipocrisia quanto alguém com realizações “em branco” e uma vida vazia (embora cheia de ilusões perdidas ou irrealizáveis). Leblanc é o alterego do diretor Denis Arcand em fuga da hipocrisia e mediocridade que cerca o mundo das celebridades, no qual ele mesmo se insere, mas também é o homem comum massacrado e transtornado pela indiferença, impaciência, sarcasmo e impiedade da nova idade (média) das trevas. Leblanc é um funcionário público pago por uma sociedade politicamente correta que se dedica a “ouvir” os cidadãos injustiçados por ela mesma. Mas por ser também uma vítima desta sociedade, Leblanc é complementamente incapaz de resolver qualquer dos problemas a ele levados por pessoas tão semelhantes a si mesmo. Por isso age, tal qual seus próprios carrascos, com cruel ironia diante destes seres socialmente desesperançados. A Era da Inocência pode não seu um filme tão empolgante para a crítica como foram “O Declínio do Império Americano” e “As Invasões Bárbaras” mas soa como um desabafo de Denis Arcand , e não deixa de ser, tal como seus antecessores, uma reflexão tão ácida quanto pertinente da sociedade contemporânea.Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-5485319432177674972008-02-23T22:35:00.003-03:002008-02-23T22:48:04.486-03:00CANTORA BRASILEIRA NO MELHOR DISCO DE 2007<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGXST4ZCjT7LYErsTa8DgGsX89Ym8BANmLdxBZtM_fQCcfvh5NBmtHVp6bjpkMHz1b2cMgYdiBHi-1QhuMVxiIsmniTaMMQ1I-Q-XD8aam29DJYfVS7MxBLio0BzyQSz5HCHWwbSrpfBFS/s1600-h/LucianaSouza-TheNewBossaNova2007.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5170356327600697362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 332px; CURSOR: hand; HEIGHT: 281px; TEXT-ALIGN: center" height="263" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGXST4ZCjT7LYErsTa8DgGsX89Ym8BANmLdxBZtM_fQCcfvh5NBmtHVp6bjpkMHz1b2cMgYdiBHi-1QhuMVxiIsmniTaMMQ1I-Q-XD8aam29DJYfVS7MxBLio0BzyQSz5HCHWwbSrpfBFS/s320/LucianaSouza-TheNewBossaNova2007.jpg" width="285" border="0" /></a> <img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5170356331895664674" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 340px; CURSOR: hand; HEIGHT: 293px; TEXT-ALIGN: center" height="266" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWBtcDajBBslWfa79SXW4PWrjL6351OHLxG0LDjI_q9J0cEyPgnhtgMkhYNPHhOVuihzA9mp55vqgTwtkJTr25osV_cwXqzanKhavpWgllNrSY6vGFL9wpE9hyphenhyphen8D-Z0vmmq8-kmNAlawm6/s320/Hancock+River.jpg" width="287" border="0" /><br /><br />Possivelmente poucos brasileiros conhecem a cantora brasileira <a href="http://www.lucianasouza.com/">Luciana Souza</a>. Pois ela é uma das ilustres convidadas de Herbie Hancock no álbum de jazz <a href="http://www.herbiehancock.com/music">River – The Joni Letters </a>que ganhou no último dia 11 de fevereiro o prêmio Grammy de melhor disco de 2007. Notem que não foi o prêmio de melhor álbum de jazz, mas o de melhor disco do ano, desbancando astros da pop music e do rock. Não é pouco, pois isto é fato raro e surpreendente em um ambiente marcado pela música comercial e de péssima qualidade. De fato, é a segunda vez que o um trabalho jazzístico ganha o Grammy de melhor disco do ano. A outra vez foi em 1965 com o álbum de Stan Getz e João Gilberto <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Getz/Gilberto">Getz/Gilberto</a>. Coincidentemente com a participação de um outro brasileiro que a partir daí transformaria os rumos da música popular no seu país e no mundo.<br /><br />A Bossa Nova reinventou a MPB, reoxigenou o jazz e lhe deu a beleza melódica de Jobim, Donato, Alf, Lyra, Menescal, Powell, Lobo,Valle, Eça, Blanco, Castro Neves e tantos outros. E, é claro, a voz, o violão e o singular modo de cantar de João Gilberto. Pois agora um disco de um renomado jazzista, que começou sua carreira tocando com Miles Davis, deu belas canjas em discos de Milton Nascimento e é um dos grandes mestres do jazz contemporâneo, leva o mesmo prêmio com um disco talvez tão revolucionário quanto foi Getz/Gilberto. Nele Hancock obtém êxito naquilo que muitos músicos perseguem: unir a sofisticação do jazz com o pop sem abrir mão de uma música de qualidade excelente. Não é algo simples. Na realidade é como juntar água e óleo. Apesar do pop flertar com o jazz desde que este deixou de ser uma música purista para absorver influências de vários gêneros musicais, a alquimia entre jazz e pop nem sempre deu certo, desagradando tanto a jazzistas quanto a consumidores de música pop. Hancock se saiu bem na sua empreitada porque une a sofisticada beleza de seus arranjos executados por excepcionais instrumentistas do quilate de Wayne Shorter, Dave Holland, Vinnie Colaiuta e Lionel Loueke às vozes de cantoras populares no circuito do jazz como Norah Jones, Corine Bailey Rae, a própria Joni Mitchel (homenajeada e autora da maior parte das músicas), Tina Turner (ícone do rock belamente revigorada em uma das mais belas canções do disco) e Luciana Souza, a quem Hancock agradece a “habilidade e precisa navegação” em uma exaltação a sua performance tecnicamente perfeita e emocionalmente viajante na canção “Amélia”.<br /><br />Mas quem é Luciana Souza afinal ? Nascida em Sao Paulo é formada em Composição Jazzística por Berklee e tem uma carreira sólida nos EUA. Já foi nominada ao Grammy como melhor cantora de jazz por três vezes (2002, 2003 e 2005) e já gravou e se apresentou com vários grandes nomes do Jazz. Apesar disto e de cantar muitíssimo bem tanto em inglês quanto em português e, principalmente, música brasileira, Luciana é muito pouco conhecida no Brasil. Aliás ela até tentou carreira aqui, mas sem sucesso voltou às terras do Tio Sam, onde foi melhor acolhida e hoje é considerada celebridade no meio jazzístico. Como João Gilberto e Jobim, Luciana em sua carreira ascendente também pode tornar-se um dos grandes gênios musicais brasileiros a triunfar no circuito da música jazzística internacional. E aí, quem sabe, a reconheceremos no Brasil. Por enquanto seu desconhecimento por aqui parece ser fruto em parte da desinformação que brasileiros têm sobre a qualidade dos seus artistas mais talentosos no exterior e em parte por um certo desprezo por estes artistas fazerem uma carreira no exterior, o que revela um misto de xenofobia e preconceito.<br /><br /><br /><br /><div></div>Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-67191758061342850092008-01-20T23:41:00.000-02:002008-01-21T10:22:54.526-02:00À propósito de um comentário de Hermano Viana para o texto Frank Gehry e Niemeyer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX85oZGYGyD68MX5-R5RNtQIVM9vJsaQlxJTwMmNpxIhyjd0AqERfOX9cg7lDOIUnYNFhd7XbBLLnTtt2WWg2TXfhKY6vHvfALRkRGFLFcuVTBi-umIBbpaj9eqm2lIZqG1VKqUmO1Ij3Q/s1600-h/Bilbao+Museu.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5157746704528542450" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 315px; CURSOR: hand; HEIGHT: 329px; TEXT-ALIGN: center" height="322" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX85oZGYGyD68MX5-R5RNtQIVM9vJsaQlxJTwMmNpxIhyjd0AqERfOX9cg7lDOIUnYNFhd7XbBLLnTtt2WWg2TXfhKY6vHvfALRkRGFLFcuVTBi-umIBbpaj9eqm2lIZqG1VKqUmO1Ij3Q/s320/Bilbao+Museu.jpg" width="327" border="0" /></a><br /><div>Arquitetos e planejadores sempre assumem ares de quase-deuses quando “desenham” a vida dos outros nos espaços que projetam. E quanto mais famosos e incensados são mais a própria sociedade os transforma em quase-deuses. Na verdade há uma conveniência ideológica ou mercadológica no endeusamento de arquitetos e planejadores. De fato, o que <a href="http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha106.asp">revitalizações urbanas</a> em cidades como Bilbao, Barcelona Berlim e Buenos Aires (1) promoveram, além de toda badalação e a atração da atenção da mídia para si, foi o espetacular resultado econômico imobiliário, turístico e comercial dos seus emprendimentos urbanísticos e arquitetônicos. A assinatura de arquitetos do “star system” como Gehry, Koolhaas, Nouvel, Calatrava e outros conferem um retorno altamente lucrativo a estes investimentos urbanos, embora não se possa dizer, separando a obra arquitetônica do seu resultado capitalista, que estas não tenham valor em si. Algumas, de fato, cumprem o papel da arquitetura enquanto arte, que é o de criar a beleza, o inusitado, a emoção estética, o puro deleite. Mas, referenciado em Lefebvre, não posso deixar de admitir que a arquitetura-espetáculo unida ao urbanismo de resultados, produzem uma interação quase perfeita entre consumismo e culturalismo, na qual a cidade-produto (mercadoria – valor de câmbio) encontra o seu melhor resultado na cidade-obra (monumento, arte, espetáculo- valor de uso). Dogmas ou modismos do passado, como o modernismo e o planejamento centralizador são substituídos por novos paradigmas do presente como o planejamento estratégico-participativo e a estética high tech e midiática mas o papel dos arquitetos e planejadores como artistas de reis mecenas (travestidos de grandes investidores urbanos) não mudou no decurso da história.<br /><br />(1) – Por uma estranha coincidência não planejada o nome de todas estas cidades começam por “B” </div>Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-80012573147239411782008-01-02T21:12:00.000-02:002008-01-02T21:30:52.566-02:00APOCALIPSE: NOW OU NÃO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7ChZEIUi409rZhe6aTkWVXE-vxIFYeI8G6FMIb7tpu7SpLEsi3_5Lspa2t-qqoWc-9zihkM1fDs8tdPXqHKp6VPAg7a6T7pudBSy-6DSRrJ__8kSPQXgAjPdaMsQGvqZh1C0XA_NlB1wO/s1600-h/APOCALIPSE+NOW+OU+NÃO+1171531432_wtc_ipod.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5151025634761083618" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7ChZEIUi409rZhe6aTkWVXE-vxIFYeI8G6FMIb7tpu7SpLEsi3_5Lspa2t-qqoWc-9zihkM1fDs8tdPXqHKp6VPAg7a6T7pudBSy-6DSRrJ__8kSPQXgAjPdaMsQGvqZh1C0XA_NlB1wO/s320/APOCALIPSE+NOW+OU+N%C3%83O+1171531432_wtc_ipod.jpg" border="0" /></a><br /><div>Crash: a Kombi da família da pequena Miss Sunshine trombou com a globalização.</div><br /><div></div><br /><div>“<a href="http://microsites2.foxinternational.com/br/pequenamisssunshine/">Pequena Miss Sunshine</a>” e “ <a href="http://guiadasemana.uol.com.br/film.asp?/Crash_-_No_Limite/FILME/DVD/&a=1&ID=11&cd_film=812">Crash</a>” têm em comum não só o fato de serem bons representantes do cinema independente americano contemporâneo. Os dois filmes têm o mérito de desconstruir a imagem fabricada de uma (Norte) América vencedora e pretenciosamente superiora, mas isto não é inédito. O cinema americano sempre produziu bons exemplos de filmes alternativos que criticam o “american way of life” e que, correndo por fora do esquema das grandes produções, conseguem se tornar sucessos relativos de bilheteria. Isto pode explicar o aumento de produções deste gênero, o que antes de ser sinal do crescimento de um movimento crítico, pode ser simplesmente uma estratégia de marketing. Aliás, o capitalismo, do qual os americanos são os melhores representantes e reprodutores, sempre acaba transformando em “money” até as críticas a si mesmo.<br /><br />Mas há algo mais em comum nos dois filmes e que se relaciona também com outros fatos trágicos, que infelizmente não são ficção. As pequenas e grandes tragédias diárias de imigrantes pobres em países desenvolvidos e o crescimento da faixa de excluídos e pobres nestes países, que outrora pareciam imunes às mazelas do Terceiro Mundo, são dois exemplos mostrados nos filmes citados. Além do aspecto estritamente material do empobrecimento de percentual crescente da população mundial, poderíamos falar do crescimento dos sentimentos de frustação, impotência, apatia, indiferença, também retratados nestes dois filmes. Sentimentos que nascem da constatação de que as oportunidades (transformadas em ilusões vendáveis)se restringem cada vez mais (mesmo no país das oportunidades) e se tornam praticamente inexistentes nos países onde tradiconalmente sempre foram restritas a uma pequena parcela da população. E depois se transformam em sentimentos de revolta, frieza, desamor, crueldade e barbárie, cujos exemplos são frequentes.<br /><br />O mundo, no seu aspecto econômico, andou para frente nos últimos anos. Crises econômicas da década de 1990 superadas; economias em grande expansão; comércio mundial aquecido; avanço tecnológico fantástico; comunicações cada vez mais rápidas e baratas; grande mobilidade de mercadorias, serviços e pessoas; empresas com lucros fantásticos, euforia nas bolsas de valores, saldo econômico final positivo, mesmo com alguns maus resultados ali ou acolá.<br /><br />Mas no aspecto social o mundo nunca andou tão rapidamente para trás. Grandes contingentes de pobres nas cidades, aumento explosivo de favelas, sub-habitação, carência de saneamento mínimo, violência, caos na saúde, reincidência de doenças já consideradas erradicadas, degradação ambiental, poluição da água, do ar, do solo, etc. Uma sucessão de problemas socioambientais que se interrelacionam em um ciclo vicioso que se expande tal como uma espiral de tragédias sociais, que os poderes públicos, mesmo embuídos de boa vontade, seriedade e competência (o que já é muito raro) não conseguem enfrentar.<br /><br />Sem falar nos conflitos étnicos e religiosos que misturados às tragédias sociais pre-existentes e aos interesses políticos e econômicos criam uma sinergia de problemas que resultam em imensos desatres sociais, econômicos, ambientais e psicológicos.<br /><br />Sim, é o emocional da maior parte das pessoas que é afetado por esta mistura de êxtase e tragédia mostrada diariamente nos noticiários. Desequilíbrios emocionais que alimentam as estatísticas de crimes, loucuras e barberidades crescentes.<br /><br />Uma cena assim só parece ser compatível com o inferno. Mas é o nosso mundo, criado por Deus e por Ele regido (ou seria apenas por Ele observado?). Uma situção próxima a do Apocalipse. E quantas vezes o mundo pareceu estar próximo ao Apocalipse? As grandes guerras mundiais do Século XX; as grandes epidemias; as guerras santas da Idade Média; a queda do Império romano; a era glacial. Todas estes e outros momentos cruciais da humanidade tinham jeito de Apocalipse e, de um certo modo, foram. Geraram transformações profundas, novos mundos, novas civilizações, humanidade renovada.<br /><br />Talvez também as atuais dores existenciais do mundo sejam sinais de uma grande transformação em curso. Quanto tempo ainda durará, no entanto, não se sabe. Não sabemos, inclusive, em que ponto da onda de dor estamos. Podemos estar somente começando a experimentá-la e sequer atingimos o seu pico para depois começar a descê-la. Ou talvez, não seja nada disso. Desde que o mundo é mundo está em permanente transformação, assim como todos os seres viventes e não-viventes se transformam continuamente. Esta é a lógica da vida e também da não-vida. Pedra que se transforma em vida, vida que se transforma em pedra infinitamente. Talvez... “<a href="http://www.mpbnet.com.br/musicos/gilberto.gil/letras/retiros_espirituais.htm">tudo não passe dos sinais iniciais desta canção</a>... retirar tudo o que eu disse... reticenciar que eu juro...censurar ninguém se atreve...luar tão cândido”.<br /><br />Na verdade, eu só queria comentar uns filmes que eu ví ultimamente. </div>Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-12613270430904795772007-12-11T17:08:00.000-02:002007-12-11T17:18:49.445-02:00CONVULSÃO<div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#ff6666;"><strong>Delicioso piscar</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#ff6666;"><strong>excitante arpejo</strong></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#ff6666;"><strong>o teu e o meu desejo!!!<br /><br /></strong></span><span style="color:#3333ff;">Poema de Divina Reis Jatobá. </span></div><div align="center"><span style="color:#3333ff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#3333ff;">Descubra outras poesias desta autora premiada em </span><a href="http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=10537">http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=10537</a></div>Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1327645411987488269.post-4269236651781892902007-12-10T14:29:00.000-02:002007-12-13T01:04:48.180-02:00FRANK GEHRY E NIEMEYER.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVYaXgAwsVBI37_v0OHg9S3aFfxulfPc6aiUdK2nM1FVhN-1BQPHbY4OdNvnssNU5e_zMZ0dCBW9PJS_Uoz20WYKHF5KVDDKwBDRRDdHmZpP7dw-KCVt8LLl1Uw2r-PfW3YibH73rMBux/s1600-h/Museu+e+Catedral+Foto+Julio+Reis+Jatobá.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5142383806954671874" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 417px; CURSOR: hand; HEIGHT: 256px" height="224" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVYaXgAwsVBI37_v0OHg9S3aFfxulfPc6aiUdK2nM1FVhN-1BQPHbY4OdNvnssNU5e_zMZ0dCBW9PJS_Uoz20WYKHF5KVDDKwBDRRDdHmZpP7dw-KCVt8LLl1Uw2r-PfW3YibH73rMBux/s320/Museu+e+Catedral+Foto+Julio+Reis+Jatob%C3%A1.JPG" width="320" border="0" /></a><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7wRS1nj03tv8Z55x3XsUuFKekIGJ6dw3FWLgp2dJYhcd6zSAVFqI99i3rfllVKkvV0Jby8C93-oANIwe58xq6kErFiOU_9uAjNGgyVHwbFlPXDc4Cm-QXKELtLtY5PUXf7-vDqEpwybKK/s1600-h/video+feria+medieval+valladolid+1+301.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5142383089695133426" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 417px; CURSOR: hand; HEIGHT: 265px" height="251" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7wRS1nj03tv8Z55x3XsUuFKekIGJ6dw3FWLgp2dJYhcd6zSAVFqI99i3rfllVKkvV0Jby8C93-oANIwe58xq6kErFiOU_9uAjNGgyVHwbFlPXDc4Cm-QXKELtLtY5PUXf7-vDqEpwybKK/s320/video+feria+medieval+valladolid+1+301.jpg" width="320" border="0" /></a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;"></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ff0000;">Quando vi o <a href="http://www.guggenheim-bilbao.es/secciones/el_museo/el_edificio.php?idioma=es">Museu Guggenheim em Bilbao </a>pela primeira vez, pessoalmente, achei-o menos surpreendente do que nas fotos, nas quais parecia uma alucinante e futurista escultura de titânio. Era difícil, mesmo para um arquiteto, acreditar que poderia haver uma “ordem arquitetônica” alí e que a revolução formal pretendida resultasse em beleza para olhos acostumados à tradição da arquitetura limpa de inspiração modernista. Quando cheguei perto da obra, apesar de só poder apreciá-la de fora (não pude entrar, pois o museu estava fechado no dia em que o visitei) consegui compreendê-la melhor, mas mesmo assim ela não me cativou de cara como outras grandes obras arquitetônicas, cuja beleza apreciada de perto, muitas vezes, me emocionara. O prédio - ou aquela escultura na qual se podia penetrar e exercer atividades - me pareceu uma construção extremamente tecnológica e portanto fria. Aquelas formas mirabolantes só poderiam ser projetadas e construídas com a ajuda de poderosos programas de computação gráfica e alto desenvolvimento tecnológico de materiais, portanto com um suporte técnico e um custo muito elevados. Apesar do espetáculo urbano que o projeto provocou, atraindo investimentos urbanos e turísticos para Bilbao e potencializando o efeito midiático da “arquitetura de resultados”, a euforia gehryana não me contagiou. Não havia nela a simplicidade, a leveza e a espontaneidade do traço arquitetônico de um <a href="http://www.niemeyer.org.br/0scarNiemeyer/home.html">Niemeyer</a>, por exemplo</span>.<br /><br /></span></span><span style="color:#ff6600;"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">Esta impressão modificou-se bastante quando assisti ao documentário “ <a href="http://www.sonyclassics.com/sketchesoffrankgehry/">Sketches of Frank Gehry</a>” de Sidney Pollack. Ao invés de seguir vendo Gehry como um contraponto a Niemeyer, passei a vê-lo como um continuador deste, (embora Gehry provavelmente não se veja assim), no rompimento da rigidez formal da arquitetura (clássica e moderna também) e na incorporação da forma livre como expressão arquitetônica acima de tudo. Ou acima da função, de acordo com a conhecida polêmica entre arquitetos formalistas e funcionalistas. Assim como Niemeyer, Gehry, antes de ser um arquiteto é um genial escultor e trata desta forma a obra arquitetônica. Há discordâncias quanto a “boa arquitetura” ser, antes de tudo, formal, mas há de se reconhecer a grande plasticidade dos projetos de Gehry e Niemeyer. É claro que nem sempre esta plasticidade significa beleza para a maior parte das pessoas. Ou seja, Gehry e Niemayer também projetam obras que são consideradas feias e sem a genialidade de suas obras primas.<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ffcc33;">Interessante é vermos ambos - Gehry e Niemeyer – como homens simples e poetas do traço livre, que preferem conceber suas obras a partir de croquis desenhados a mão. Nenhum dos dois desenha em computador, embora tenham equipes de profissionais altamente treinados em sofisticadas tecnologias a os assessorar. Os dois pensam a arquitetura, desde a concepção do projeto, como volume plástico e objeto escultório que deve proporcionar surpresa e emoção às pessoas em primeiro lugar. O que os diferencia: Em Gehry é o arrojo das formas curvilíneas e o uso sofisticado de materiais “high tech” que cria a surpresa arquitetônica, em Niemeyer é a singeleza e sofisticação do traço curvo e o desenho limpo que levam à beleza. Gehry esculpe no metal – material caro e sofisticado da arquitetura de impacto midiática do Sec XXI , Niemeyer no concreto– material barato e terceiromundista, a pedra transformada em arte edificada pela <a href="http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/artecult/arqurb/arquitet/mmodern/index.htm">arquitetura brasileira modernista </a>da década de 1950/60.<br /></span><br /></span></span></span><span style="color:#ffcc33;"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc9933;">Gehry, como ele mesmo afirma, consequiu dar vazão ao seu poder criativo e conseguiu ousar na profissão com o auxílio da terapia . Niemeyer sempre afirmou que dá menos importância à arquitetura – a qual exerce diariamente até hoje com seus 100 anos - do que a vida. Conclui-se que é o aspecto humano que diferencia estes mestres dos demais profissionais. Há razão, contudo, em muitas críticas a eles feitas e muitas vezes se percebe contradição na humanidade que desejam para a sua arquitetura e no que ela, de fato, representa, enquanto símbolo de monumentalidade e de poder. Porém contradição, desigualdade, paradoxo, beleza e caos são traços próprios da arte (arquitetura incluída) e não se pode cobrar coerência dela, sob pena de esterelizá-la.<br /></span></span></span></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#ffcc33;"><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;">PS - a foto das obras de Niemeyer (Museu da República e Catedral de Brasília) são de autoria de Júlio Reis Jatobá<br /></div></span></span></span></strong><div></div>Sérgio Jatobáhttp://www.blogger.com/profile/04969583008767677354noreply@blogger.com2